Continuação dos Blogs I, II e III
(I - guitrradecoimbra.blogspot.com)
(II - guitarrasdecoimbra.blogspot.com)
(III - guitarracoimbra.blogspot.com)
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
GUINÉ- IMAGENS - Cedidas por ex-Combatentes
ou em sites próprios
Informações cedidas por um colaborador do portal
UTW
Faleceu no dia 18 de
Setembro de 2012 o ex- Alferes Mil.º Médico
Luiz Fernando de Sousa Pires de Goes
Luiz
Fernando de Sousa Pires de Goes, ex- Alferes Mil.º Médico, nasceu no dia 5 de
Janeiro de 1933, em Coimbra, prestou serviço no Comando Territorial Independente
da Guiné, integrado na Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de
Caçadores 506, no período de 20 de Setembro de 1963 a 25 de Abril de
1965.
05Jan1933 > 18Set2012
Que a sua Alma
repouse em Paz
Nascido em 1933, em Coimbra, Luiz Fernando de Sousa
Pires de Goes licenciou-se em Medicina, tendo exercido a profissão de médico
dentista em paralelo com a carreira artística. Iniciou-se no fado por influência
do tio paterno, Armando Goes, contemporâneo de Edmundo Bettencourt, António
Menano, Lucas Junot, Paradela de Oliveira, Almeida d'Eça e Artur Paredes. O
cantor Luiz Goes, de 79 anos, uma das referências da canção de Coimbra, morreu
hoje em Mafra, nos arredores de Lisboa.
Luiz Goes é uma das referências da Canção de
Coimbra
Luiz Goes, 79 anos,
falecido hoje em Mafra, vítima de doença prolongada, é uma das referências da
Canção de Coimbra, área em que se destacou como poeta, compositor e
intérprete.
Sobrinho de Armando
Goes, que foi contemporâneo de Edmundo Bettencourt, António Menano, Paradela de
Oliveira e Almeida d'Eça, referências da canção de Coimbra nas décadas de 1920 a
1940-50, Luiz Goes começou a cantar aos 14 anos, em público, e gravou o primeiro
disco aos 19, a convite de António Brojo.
O médico Camacho Vieira, que foi seu
amigo, afirmou à Lusa que "a dimensão artística de Luiz Goes nunca foi
devidamente reconhecida".
"Era
um cantor de uma invulgar convicção na forma como interpretava as letras, a
profundidade que dava às palavras, além da melodiosa voz de grande extensão",
afirmou.
O médico referiu ainda
"as inúmeras digressões internacionais, nomeadamente um memorável espetáculo que
deu nas Nações Unidas, na Suíça".
Luiz Goes apontado como "menino
prodígio", cantou acompanhado por Artur Paredes, e mais tarde, gravou
acompanhado por António Portugal e José Afonso, que foram seus colegas de liceu
em Coimbra, onde nasceu a 05 de janeiro de 1933.
Integrou o Orfeão de Coimbra, na
categoria de barítono solista, tendo percorrido o Brasil integrado neste
agrupamento. Participou aliás noutras formações académicas, nomeadamente o
Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra, assim como na Tuna e no Coral
da Faculdade de Letras.
Licenciou-se em Medicina pela
Universidade de Coimbra, em 1958, tendo nesta década formado o Coimbra Quintet,
com os instrumentistas António Portugal, Jorge Godinho, Manuel Pepe e Levy
Batista.
O disco "Serenata de
Coimbra", que gravou em 1957, é "um dos álbuns mais vendidos da música
portuguesa, em Portugal e no estrangeiro, contando com mais de 15 edições com
capas diferentes", contou à Lusa o músico Manuel Alegre Portugal, também seu
amigo.
Na ocasião, recordou
Manuel Alegre Portugal, Luiz Goes recebeu um convite da discográfica Philips,
que recusou, "tendo afirmado que queria antes terminar o curso".
Recrutado para o serviço militar,
tendo sido destacado para a Guiné-Bissau no contexto da guerra colonial,
terminou a aventura do Coimbra Quintet. Quando regressou, em 1966, Luiz Goes
fixou residência em Lisboa, onde exerceu a profissão de Estomatologista até à
reforma em 2003.
Em 2002,
celebrou o 50. aniversário da carreira artística, tendo a discográfica EMI Music
-- Valentim de Carvalho publicado a obra integral numa edição intitulada
"Canções Para Quem Vier".
Além
de ter gravado dezenas de fados, baladas e canções de Coimbra, como autor, Luiz
Goes assinou 25 fados e 18 baladas, dos quais se destacam "Fado da Despedida",
"Toada Beirã", "Balada da Distância", "Canção do Regresso", "Homem Só", "Meu
Irmão", "Romagem à Lapa", "É Preciso Acreditar", entre muitos outros.
Luiz Goes é considerado um dos
artistas portugueses mais internacionais. Entre as muitas digressões à Europa,
África e Américas, destacam-se as suas atuações no Congresso da Cultura da
Língua Portuguesa na Universidade de Georgetown, em Washington D.C., no
aniversário das Nações Unidas, na Suíça, e na homenagem a Beethoven, na
Áustria.
Participou em vários
programas da RTP e também nas televisões do Brasil, Espanha, França, Suécia,
Áustria, Estados Unidos e África do Sul.
No período anterior ao 25 de Abril
de 1974, militou na oposição à ditadura de António de Oliveira Salazar e
Marcello Caetano.
A Lusa, numa
entrevista realizada em 2003, contou que muitas das canções que compunha
"continham subliminares de oposição ao regime".
Da sua extensa discografia - no
início da carreira, ainda gravou em 78 rotações -, refiram-se os álbuns "Coimbra
de ontem e de hoje" (1966), "Coimbra do mar e da vida" (1969), "Canções de Amor
e de Esperança" (1969) e "Canções para quase Todos" (1983).
Em 1998 foi editada uma biografia
sua, "Luiz Goes de Ontem e de Hoje", de autoria de Carlos Carranca.
Defensor da "Canção Coimbrã, da
balada, mas não fado", como sublinhou à Lusa, Luiz Goes, foi condecorado com a
Ordem do Infante Dom Henrique, grau de Grande Oficial, a Medalha de Ouro da
Cidade de Coimbra, a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Cascais e
o Prémio Amália Rodrigues 2005, na categoria Fado de Coimbra.
"Neste vídeo, à
esquerda, ao lado do Prof. Brojo, está o Dr. Aurélio Reis que foi chefe da Saúde
Militar em Timor (1966-68)." - informação de José Bárbara Branco
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial