Aqui vão 3 fotos de que gosto particularmente. Elas retratam um momento, dos muitos, que passei no sótão do Francisco Martins que na época era um verdadeiro lugar de culto da guitarra de Coimbra. Lá apareciam vários guitarristas para aprenderem com o Chico.
Nesta foto, trata-se do Manel Mora - tio do Chico Martins - e eu, que estou a fazer as fotos, que nos íamos preparar para um espectáculo que daí a dias íamos fazer. O ambiente do ensaio, era sempre muito formal, os ensaios eram praticamente gravados na totalidade e ninguém podia abandonar o ensaio sem que se ouvisse a gravação e se fizesse uma reflexão crítica do que tinha ficado registado (vê-se o microfone na cadeira da direita). A par disso, as harmonias, principalmente para a viola, eram, muitas vezes dissecados ao piano (nota-se o piano eléctrico ao fundo à esquerda). Ele foi (e que me perdoem todos os outros amigos vivos ou desaparecidos com quem trabalhei e trabalho), de todos os músicos que conheci em Coimbra, aquele que mais a sério levava os ensaios, que mais rigor tinha e que mais trabalho exigia aos seus acompanhantes.
Periodicamente, o Chico, no final dos ensaios fornecía-nos uma cassete com a gravação do que tínhamos tocado, com a recomendação "para ouvir no automóvel até ao próximo ensaio".
Mas, apesar desse formalismo muito próprio, da enorme exigência que tinha, era extremamente acolhedor e, como se vê na foto, em todos os ensaios havia uma cerveja fresquinha e amendoíns.
Rui Pato
Nesta foto, trata-se do Manel Mora - tio do Chico Martins - e eu, que estou a fazer as fotos, que nos íamos preparar para um espectáculo que daí a dias íamos fazer. O ambiente do ensaio, era sempre muito formal, os ensaios eram praticamente gravados na totalidade e ninguém podia abandonar o ensaio sem que se ouvisse a gravação e se fizesse uma reflexão crítica do que tinha ficado registado (vê-se o microfone na cadeira da direita). A par disso, as harmonias, principalmente para a viola, eram, muitas vezes dissecados ao piano (nota-se o piano eléctrico ao fundo à esquerda). Ele foi (e que me perdoem todos os outros amigos vivos ou desaparecidos com quem trabalhei e trabalho), de todos os músicos que conheci em Coimbra, aquele que mais a sério levava os ensaios, que mais rigor tinha e que mais trabalho exigia aos seus acompanhantes.
Periodicamente, o Chico, no final dos ensaios fornecía-nos uma cassete com a gravação do que tínhamos tocado, com a recomendação "para ouvir no automóvel até ao próximo ensaio".
Mas, apesar desse formalismo muito próprio, da enorme exigência que tinha, era extremamente acolhedor e, como se vê na foto, em todos os ensaios havia uma cerveja fresquinha e amendoíns.
Rui Pato
2 Comentários:
...E que linda que é a "Canção da Primavera" de Francisco Martins! É uma das canções coimbrãs mais belas que tenho ouvido, para não falar da sublime interpretação do seu autor, acompanhado pela magnífica viola de Rui Pato!
Não preciso revelar o meu nome porque não sou ninguém. Sou uma pessoa comum que apenas admira a boa Música e tem um carinho muito especial pelos que a cultivam e trabalham com tanto empenho e amor. A vossa música é uma deleitosa dádiva que aromatiza de sonhos e encanto as nossas vidas.
Esqueci-me de referir! Ele, apesar de já não tocar guitarra, está atento a tudo aquilo que se faz na nossa cidade no campo da música! Muito atento!
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