sábado, 2 de julho de 2011

Carlos Carranca na Casa da Cultura, pelas 16 horas, para falar de Augusto Camacho e do livro sobre este de Manuel Marques Inácio. Diário de Coimbra de hoje.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Lançamento do Livro "O Canto e a Música de Coimbra - Fotobiografia do Dr. Augusto Camacho Vieira


 Na próxima terça-feira, 28 do corrente, pelas 18h30, no Restaurante do Piso 7 do "El Corte Inglês", sito na Avenida António Augusto de Aguiar, n.º 31, terá lugar o lançamento do Livro "O Canto e a Música de Coimbra - Fotobiografia do Dr. Augusto Camacho Vieira" de autoria do Prof. Dr. Manuel Marques Inácio, constituindo este evento uma verdadeira homenagem àquele distinto Médico.
Serão oradores o Dr. António Almeida Santos e o Dr. Carlos Carranca.
Seguir-se-ão momentos de Música de Coimbra a cargo dos instrumentistas dos "Grupo Serenata de Coimbra" e "Grupo Porta Férrea" e, certamente, serão ouvidas algumas das vozes dos mais conhecidos Cantores da Música de Coimbra que estiverem presentes, nomeadamente o próprio Dr. Camacho, um dos seus mais lídimos intérpretes.
No final será servido um Cocktail.

Em 2 de Julho próximo, pelas 16h00, na Casa da Cultura, de Coimbra, também terá lugar o lançamento deste Livro.
Serão oradores o Dr. Louzã Henriques e o Dr Carlos Carranca.
À noite, pelas 23h00, frente à Igreja de Santa Cruz, terá lugar uma Serenata Monumental a cargo do "Grupo Guitarras de Coimbra", da Associação Menina e Moça, que para além do seu próprio elenco tem como Convidados alguns dos mais conhecidos Cantores da Música de Coimbra.

"Tito" Costa Santos 

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Tomada da Bastilha

1920
Coimbra

Clube dos Lentes

Respigos do relato dos acontecimentos, publicado no livro "Coimbra de Capa e Batina", de Carminé Nobre.
"No rés do chão do edifício, onde se encontra a Associação Académica, estava miseravelmente instalada a Casa dos Estudantes. Duas salas e pouco mais. No primeiro andar, amplo e luxuoso, estava o Clube dos Lentes onde os mestres, instalados em confortáveis sofás, jogavam as aristocráticas partidas de voltarete.
Vinham de longe as diligências realizadas pelos estudantes junto da universidade, no sentido de instalar convenientemente a academia universitária. Baldadamente, pois embora se reconhecesse a justiça das reclamações apresentadas, surgiam sempre dificuldades na sua realização. Ansiavam os estudantes da época por uma sede condigna, onde pudessem receber professores, literatos e homens de ciência. Para tanto, desejavam possuir uma biblioteca, uma sala de conferências, de jogos, etc., mas o seu brado, apesar de justo, não encontrou repetidos ecos para lá da Porta Férrea. Resolveram, então, alguns estudantes da época, agir pelos seus próprios meios, e num grupo deles surgiu uma ideia: tomar de assalto o Clube dos Lentes e instalar nas suas salas, a sede da Associação Académica de Coimbra, dando assim realização a uma velha aspiração da Academia. Eram quarenta os conjurados, que cegamente obedeciam ao comité central, constituído pelos estudantes Fernandes Martins, Paulo Evaristo Alves (Padre Paulo) de Direito, Pompeu Cardoso, Augusto da Fonseca (o Passarinho) e João Rocha de Medicina. Em sucessivas reuniões, o comité central foi afinando o plano de assalto. Uma delas realizou-se na Torre de Anto onde a nostalgia de António Nobre pairava ainda em fortes traços de lirismo. Uma noite, à luz mortiça de um lampião de azeite, velha relíquia de antigas gerações, o comité central deliberou, definitivamente, fazer o assalto no primeiro dia de Dezembro, comemorando o feito histórico de igual data, em 1640. Porém, um dia depois chegou ao conhecimento do comité a notícia, fundamentada ou não, de que a Reitoria apesar de todo o sigilo havido nas diligências já realizadas, tinha conhecimento do que pretendia fazer-se, e procurava evitá-lo, inclusivamente auxiliada pela intervenção da força pública. Uma reunião de urgência levou o comité revolucionário a precaver-se contra qualquer surpresa da Universidade e, assim, deliberou antecipar o movimento e marcar a sua realização para a madrugada de 25 de Novembro.
Chegou a noite. O bairro latino afogava-se em penumbras. Numa casa antiga e em volta de uma mesa escalavrada, reuniu pela última vez o comité. Nessa noite, o Clube dos Lentes deixaria de existir na casa da Rua Larga.
A chuva caía em bátegas, e como se receasse o êxito desta diligência, que tinha de principiar pelo escalamento da Porta de Minerva, logo Augusto Fonseca, tranquilo e sorridente, destrui essa preocupação, afirmando: "a Torre é connosco". Vem a propósito dizer, que a agitação política daquela época, estendia a sua paixão até aos espíritos mais humildes. E foi certamente por isso, que o serralheiro Alfredo Garoto, com oficina na rua das Covas, ao ser peitado em confidência para fazer as chaves falsas, se apercebeu de que alguma coisa de muito sério se ia passar. E nesta convicção, interrogou em meia voz:-É contra os talassas? Se é, faço tudo de graça. Não foi contra os talassas, mas as chaves ainda hoje estão em dívida. Às 6 e 45 da manhã, a explosão de um morteiro sobressaltou a cidade e os estudantes que se encontravam na Torre ficaram assegurados que o assalto estava consumado. Repicaram os sinos e logo uma girândola de 101 tiros, lançada das varandas do antigo Clube dos Lentes, tornado naquele momento Associação Académica de Coimbra, chamou a Academia à realidade da conquista. Acorreram os estudantes de todos os lados da cidade. Nas primeiras impressões Coimbra julgou tratar-se de um movimento político. O dia 25 foi de festa rija para a Academia. Ao rasar da noite, partiu da Alta com destino à Baixa - a via sacra do estudante - uma marcha luminosa (hoje recordada como o cortejo dos archotes) com milhares de pessoas, pois a cidade associou-se. E quando outra madrugada rompeu ainda no bairro latino se ouvia o grito heróico da conquista:- Viva a Academia! Era ao tempo Presidente da República, o grande tribuno e eminente cidadão Dr. António José de Almeida, Presidente do Concelho Dr. Álvaro de Castro, e Ministro da Instrução Dr. Júlio Dantas, a quem a Academia enviou a comunicação telegráfica de que se encontrava instalada na sua nova sede, manifestando também, o seu mais ardente desejo na constante prosperidade de Portugal. Estas três individualidades, desconhecendo o que se passava e julgando, possivelmente que a Academia de Coimbra se instalara pacificamente e com conhecimento da Universidade na sua nova sede, responderam aos cumprimentos recebidos, retribuindo calorosamente e desejando todas as felicidades à esperançosa Academia de Coimbra."

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Maio de 78 e Fantasia "A Espanhola"


Maio de 78 de Jorge Gomes e Fantasia "A Espanhola" de Octávio Sérgio, pelo trio constituído por Pedro Pinto na guitarra, Carlos Costa na viola e Carina Vieira no violoncelo.

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Heinz Frieden, Meu companheiro no Coro dos Antigos Orfeonistas, constituiu uma "Agência de Artistas". Diário de Coimbra de ontem, com reportagem de Rosette Marques.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Augusto Camacho

Vai ser hoje lançada em Lisboa a Fotobiografia de Augusto Camacho, da autoria de Manuel Marques Inácio. Diário de Coimbra de hoje.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Ópera Russa

Vários amigos chamaram-me à atenção para a saída do artigo em baixo. A ser verdade o que lá se diz, penso que todos ficaremos com uma grande curiosidade de ouvir a dita ópera. Até agora não se encontra nada sobre ela no youtube.

Russo compõe ópera inspirada no Fado de Coimbra

Jornal de Notícias de 24 de Junho de 2011

A ópera "Evgueni Zavoiskii" ou a "Época da Ressonância Paradoxal", inspirada no Fado de Coimbra, estreou na quinta-feira à noite na cidade de Kazan, capital da Tartária, república da Federação da Rússia.
A obra musical foi composta por Nikolai Silkin, professor de electrotecnia quântica e radioespetrologia da Universidade de Kazan.
A ópera começa ao som do "Fado Fadinho" interpretado por Lolita Torres, mas toda a obra é composta tendo a canção tradicional portuguesa como modelo.
Eduard Treskin, Artista do Povo da Rússia e encenador da obra, afirmou, em declarações à agência Tatar-inform, que "Kazan pode transformar-se num dos centros da ópera-fado, porque aqui está concentrado um riquíssimo folclore de cientistas e estudantes".
O texto da ópera foi escrito com base no folclore de estudantes e professores de universidades russas como as de Moscovo, Kazan e São Petersburgo e a sua inspiração na tradição coimbrã tem a ver com o facto da cidade portuguesa ter também um importante centro universitário.
O compositor Nikolai Silkin revela que o inspirador da sua obra foi o cientista Evgueni Zavoiskii, o descobridor do fenómeno da ressonância paramagnética electrónica, um dos criadores da bomba atómica soviética e criador do transformador eletro-óptico.
O principal "herói" da ópera é Vani Jukov, estudante de física pouco aplicado. Além dele, são personagens da ópera um papagaio da Rubliovka (bairro de luxo de Moscovo), um galo de Skolkovo (local nos arredores da capital russa onde o Presidente Medvedev pretende construir o equivalente russo do Silicon Valley norte-americano) e o gato do romance "Margarida e o Mestre".
Os cantores são todos membros de grupos corais estudantis da cidade de Kazan.
A ópera foi estreada no palco do complexo de Cultura e Desporto "Unix", uma das maiores salas de Kazan.
Segundo a imprensa local, o espectáculo foi bem recebido pelos numerosos espectadores.

domingo, 26 de junho de 2011

Frias Gonçalves

Magina, norte de Angola,1965.O Furriel Frias Gonçalves cantando um Fado de Coimbra, acompanhado à guitarra pelo Tenente Médico Ricardo Trindade, de Arganil.
Afinal, Frias Gonçalves não é só guitarrista!