sábado, 16 de abril de 2011

Comentário

Resposta a um comentário ao Post de quarta-feira, 30 de março:

Venho desta forma pedir ao anónimo anterior o favor de se identificar pois gostava de trocar algumas impressões directas sobre a obra dos mestres Artur e Carlos Paredes, com vista à valorização do trabalho de investigação em que estou empenhado. Verifica-se pela reflexão que faz, que sabe bem o que está a dizer e não será muito difícil depreender que conheceu relativamente bem ambos, até pela forma próxima como se refere aos dois. Por outro lado o que diz está absolutamente certo. Essa experiência, esse conhecimento, partindo da hipótese que não me estou a enganar, seria muito importante para o que estou a investigar e a escrever. Seria óptimo.
Se o anónimo pudesse deixar cair essa do "Exmo Sr." que poderá entre outras leituras, significar um distanciamento e algo mais, eu ficaria grato, e facilitaria a minha investigação quinzenal em Coimbra e um contacto directo que muito me seria útil. Muitos me conhecem e sabem que apesar de ser doutorado em engenharia, sou um homem simples, nascido no seio povo, ao qual me orgulho de pertencer. Tenho uma relutância inultrapassável a qualquer tipo de vaidade, hipocrisia ou desconsideração.
Não coloquei, mais cedo, aqui no Blog, esta minha modesta contribuição, porque aguardava a resposta do Museu do Fado. Como eu calculava, não veio da sua Directora, mas de uma colaboradora próxima. A resposta é muito educada, como não podia deixar de ser, simpática, mas recheada de desconhecimento e fugindo claramente à questão central sobre a família Paredes. Tentarei continuar a explicar-lhes o que sei, desde a Coimbra que vivi há quarenta e quase cinco anos, mas que nunca abandonei, porque faz parte do meu viver.
Mentiria se não disesse que grandes figuras e amigos do universo da canção coimbrã, me estão a ajudar no trabalho de pesquisa relativo à obra e intervenção de mestre Artur Paredes, de quem nalguns aspectos, e imcompreensívelmente, pouco se sabe. Como exemplo, poderei dar, que a única dissertação de mestrado que aborda a obra e a vida do mestre, desenvolve a teoria, após uma investigação séria, de que o mestre deverá ter estudado no Colégio dos Órfãos em Coimbra, o que na realidade nunca aconteceu. Por lá ocupei também muitas horas de investigação.
Estudou sim num Colégio de Coimbra, mas não aquele.
O mestre contrariamente ao que muitos julgam, foi na sua actividade bancária, um técnico altamente qualificado para a época, e que apesar de ter vários amigos a interceder por ele no BNU, tecnicamente, de tal não necessitava. A visão mesquinha e redutora de alguns, não acompanharam o seu espírito, determinação e talento superior. Também ver o Pai suicidar-se depois de tentar matar a mulher, com três tiros de pistola, é algo que forçosamente tem que afectar um jovem tão desprotegido familiarmente e com pouca aceitação posterior por parte de seu tio Manuel Paredes e pela comunidade não académica, de Coimbra. As dificuldades financeiras, algumas polémicas, os desgostos e as incompreensões, levaram-no logo que lhe foi possível, a sair de Coimbra.
Realmente, mestre Artur Paredes, nunca pisou a Universidade, mas tinha o Curso de Contabilista, o que para a altura, era quase o equivalente a um bacharelato.
Aos que me têm ajudado na investigação e aos outros que penso que poderão disponibilizar muito do saber, o meu obrigado.
Eu sei que deixei partir muitos e muitos que poderiam ajudar, como José Rodrigues, António Ferreira Alves, João Bagão, António Portugal e alguns outros. Até o ancião e Juiz Conselheiro Dr. Agostinho Fontes, grande cantor de Coimbra, que aos 100 anos ainda estava perfeitamente lúcido, e que amigo que era, com vivências conjuntas nos anos 20 do século passado, muito me poderia ajudar. Mas partiu em 1990.
Resta-me a certeza que alguns outros que tiveram o privilégio de contactar com mestre Artur Paredes, e que eu conheço quase todos, me estão e irão dar a sua ajuda. Obrigado por me darem a possibilidade de escrever estas linhas.

Mnuel Marques Inácio

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Noite de Fados em Barrô. Coimbra e Lisboa de mãos dadas. Amanhã pelas 21 horas e trinta minutos.

Lançamento na FNAC do primeiro disco do grupo "Fado ao Centro". Diário as Beiras de hoje.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Homenagem e lançamento do disco “Canções d’uma Cidade e d’um Rio” do Jorge Cravo e Quarteto de António José Moreira,

 Quarteto de Ant. J. Moreira

Palavras de Luís Martins com o Quarteto de António José Moreira (António José Moreira, Henrique Ferrão, José Carlos Ribeiro e Jorge Cravo),

 Palavras de Luiz Goes

 Grupo Serenata ao Luar (Alcindo Costa e Nuno Lages, cantores, Tójó e Pedro Anastácio, guitarras, Luís Martins e Manuel Pera, violas)

Quarteto de Ant. J. Moreira, “reforçado” com os Colegas do tempo de Coimbra Luís Martins e Manuel Pera”

“Imagens da homenagem, promovida pela Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa e Casa da Académica em Lisboa, a Jorge Cravo e Quarteto de António José Moreira, no passado dia 2 de Abril, no Restaurante Espaço Tejo, em Lisboa e lançamento do disco “Canções d’uma Cidade e d’um Rio”:
Enviado por "Tito" Costa Santos.

Comentário de Manuel Marques Inácio:

O meu amigo Tito Costa Santos, poderia ter realçado quão agradável foi esta reunião à volta do Canto e da Música de Coimbra, e o elevado nível qualitativo que Jorge Cravo e o quarteto de António José Moreira trouxeramm a este encontro.
Eu calculo a razão pela qual Tito Costa Santos, não se alargou em comentários, e deve andar à volta de não querer valorizar o seu trabalho, que foi grande, de assinalável espírito académico, valorizando o que de bom se faz à volta da Música e de Canto de Coimbra. Não esquecemos alguns outros de grande valia, mas este momento, merece uma nota muito alta.
Esta tertúlia fez-se pelo apoio que a Fátima Lencastre e o Joaquim Couto deram, a esta ideia do Tito Costa Santos que teve o apoio de muitos e muitos de nós. Obrigado Tito por termos tido oportunidade em ouvir estes grandes intérpretes naqueles magníficos originais, que Jorge Cravo, numa grande forma, seriedade e rigor, interpretou de forma magistral.
Numa tarde memorável, de intérpretes invulgares, ficou-me a alegria de trazer um disco, que vem na sequência dos originais anteriores de Jorge Cravo, que guardo religiosamente.
Desculpem-me a imagem: - "Sempre a subir".

Uma palavra também para o Grupo "Serenata ao Luar", muito acarinhado na sua trajectória, e bem, pelo Tito Costa Santos, e pelo nosso bom amigo Alcindo Costa, que com elas cantou duas composições.
Luís Martins e Luiz Goes, muito bem. Eu diria, magníficos!
Uma tarde que não vamos esquecer.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Associação José Afonso: Nota sobre a exposição discográfica

A exposição "Desta canção que apeteço - Obra discográfica de José Afonso 1953//1985", que se inaugurará na próxima semana em Grândola, é o resultado da pesquisa levada a cabo pela Associação José Afonso sobre toda a obra discográfica de José Afonso, desde a edição, em 1953, do seu primeiro registo fonográfico, nos estúdios da Emissora Regional de Coimbra, até 1985, data do seu último disco: Galinhas do Mato.
O trabalho que se apresentará, foi o trabalho possível perante um objecto de estudo revestido de alguma complexidade. Complexidade essa resultante de uma obra que atravessa períodos onde o rigor informativo que as editoras colocavam nos seus discos, em particular nos EP, deixa bastante a desejar. Assim, tentar recuperar esse rigor a tantos anos de distância não foi, de facto, tarefa fácil, exigindo um aturado esforço de investigação e, sobretudo, de comparação de fontes, embora muitas delas atraiçoadas pela memória e pela perpetuação de erros na atribuição de datas e autorias de letras e músicas.
Consideramos, no entanto, que a panorâmica que se apresentará não deixa de se constituir como uma base sólida para o estudo e discussão de uma das obras mais marcantes da música popular mundial.
Entre outros motivos de interesse, dos quais destacamos, desde logo, o concerto de inaugural com Rui Pato e António Ataíde,  a exposição contará com alguns testemunhos escritos e vídeo de alguns companheiros que gravaram com José Afonso: Levy Baptista, Rui Pato, Paulo Alão, José Mário Branco, Michel Delaporte, José Luís Iglésias, Octávio Sérgio, Carlos Zíngaro, Júlio Pereira, etc. 
Por isso, não faltem. Contamos convosco no dia 16, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Grândola. Até lá.

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domingo, 10 de abril de 2011





Grupo "Raízes de Coimbra" na Mealhada, na Escola Profissional Vasconcelos Lebre, na passada quinta-feira. Estiveram Humberto Matias (v), Alcides Freixo (g), Armando Luís de Carvalho Homem (v), Octávio Sérgio (g), e Rui Pato (v). Cantaram Heitor Lopes, Rui Lucas e Mário Rovira. Fotos de Isabel Carvalho Homem.