sábado, 10 de março de 2012


















Fotos da sessão de Fado de Coimbra em Lisboa, no cinema S. Jorge, nesta sexta-feira passada.





Tendo visto neste Blog informação extremamente interessante sobre a "Canção da Emigração" não pude deixar de ir ver as fotografias que tinha do CITAC, para as enviar em anexo.
A sua qualidade não é grande coisa pois os negativos, que não foram na época bem fixados, estão bastante danificados pelo tempo. De qualquer modo ainda são perfeitamente legíveis.
As fotografias foram tiradas em Abril de 1969 (não registei o dia mas terá sido no início do mês, no velho Teatro Avenida) no último ensaio geral da peça "Alfonso Castelao e a sua época", , que logo a seguir foi censurada, não podendo por isso ser apresentada em público. Mais tarde a cantiga foi recuperada na voz do Adriano Correia de Oliveira como  consta neste Blog (.http://guitarrasdecoimbra2.blogspot.com/2012/03/blog-post.html
Nelas se podem ver, entre outros, José Nisa (foto 1) (autor da música), o encenador Ricard Salvat e Gomes Alves (que cantava). São dois momentos, um relativo à canção já referida (fotos 1ª, 2ª e 4ª) e outro relativo a uma cena de cabaré onde também havia uma canção muito interessante (a letra começava "Se as bombas te metem medo / meu amigo podes vir…).  Penso que nunca foi gravada.
Carlos Valente

sexta-feira, 9 de março de 2012

CENTENÁRIO DO ORFEÃO UNIVERSITÁRIO DO PORTO

(OUP, 1912-2012)

Respostas a um questionário de SARA MARQUES, do Canal Superior


Armando Luís de Carvalho Homem


  1. Que recordações guarda do Orfeão ?: Pertenci ao OUP durante 4 anos lectivos (v. 4.), período durante o qual o organismo passou, naturalmente, por modificações. Recordarei: de 1968/69 a regência do maestro Gunther Arglebe (1933-2009, regente artístico do OUP 1967-1969) e o contacto com peças polifónicas (v. g. T. L. Vittoria, Frei Manuel Cardoso), palacianas (O. di Lasso), barrocas (J. S. Bach), clássicas (W. A. Mozart), românticas (F. Schubert) e tradicionais portuguesas (arranjos Fernando Lopes-Graça, Manuel Faria e Mário Sampayo Ribeiro); recordo ainda a Orquestra de Tangos (a que nunca pertenci) e o solo de violino de José Luís Delerue para o tango Rosas Vermelhas; de 1971/72 recordo a criação do Grupo de Folclore dos Açores (estreou no Sarau do 60.º Aniversário, em col. c/ a AAOUP, Coliseu do Porto, 1972/04/28), a cuja tocata pertenci; o Grupo de Fados, com Manuel Antunes Guimarães (g.), eu próprio e Luís Paupério (vv.) e Luís Sobral Torres e Júlio Domingues (vozes); e a Tuna «mista» (OUP / AAOUP) que actuou no referido Sarau no Coliseu, regência de José Belarmino da Mota Soares (m. 1998); recordo ainda a digressão da Páscoa, a Trás-os-Montes; de 1972/73 recordo o início da revalorização do Coro, ainda com a regência do pianista Prof. Fernando Jorge Azevedo (1969-1973) e uma peça intitulada «Quatro Canções Populares Eslovacas» (Vier Slovakische Volkslieder), de Bela Bartok, para coro e piano; o início do trabalho no OUP do Prof. Mário Mateus (regente artístico 1973-2005), como preparador vocal dos naipes masculinos; a criação dos grupos de Espirituais Negros e de Madrigalistas (pertenci a este); e o Grupo de Fados, com Mário Freitas (g.), eu próprio e Luís Paupério (vv.) e Luís Sobral Torres e Joaquim Barbosa (vozes); salientarei que neste ano e já no anterior começou a praticar-se repertório vocal de Luiz Goes e Adriano Correia de Oliveira (1942-1982) e instrumental de Carlos Paredes (1925-2004) e Jorge Tuna; deste meu último ano no OUP recordo ainda, naturalmente, a digressão à Venezuela, em Agosto de 1973, e uma actuação na residência oficial do Presidente da República («La Casona»; o PR era ao tempo o democrata-cristão Rafael Caldera, 1916-2009, PR em 1970-1974 e em 1994-1999).

  1. Era muito diferente quando lá passou do que é agora ?  Estamos a falar «grosso modo» do tempo do marcellismo, fase final do Estado Novo. O universo de tradições em que o OUP se movia e move passava por uma crise; o uso do traje académico era por vezes posto em causa (e o OUP não o usou de 1974 a 1981) e algun(ma)s orfeonistas já só o envergavam aquando de actuações, vestindo-o na sede do organismo, antes de entrar no autocarro... Não foi um tempo fácil...

  1. Marcou muito o seu percurso de estudante ?  É evidente que sim. Até porque depois, de 1977 a 1987, pertenci e participei c/ alguma intensidade em actividades da AAOUP.

  1. O que estudava na altura em que esteve no Orfeão e em que período esteve lá ?: Era aluno da licenciatura em História da FL/UP e pertenci ao OUP nos anos lectivos de 1968/69, 1969/70, 1971/72 e 1972/73.

Mais uma casa abre em Coimbra com abordagem ao Fado, mas desta vez trata-se do "Fado Vadio". Diário de Coimbra de hoje.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Fados de Coimbra em Lisboa

Espectáculo, logo à noite, no Cinema S. Jorge, em Lisboa. O programa a que o link se refere, foi para o ar ontem, na SIC.
http://sic.sapo.pt/proj_queridajulia/Scripts/VideoPlayer.aspx?videoId=%7BD9FB55CB-0386-41D9-AFE4-550151E3159F%7D
Enviado por Joaquim Pinho.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Eduardo Proença-Mamede autor deste primeiro texto sobre Fado de Coimbra, no Diário de Coimbra de 6-2-1989.
Espólio de José Mesquita.