sábado, 19 de março de 2011






Nesta tarde de sexta-feira, toquei numa guitarra maravilhosa, feita pelo meu amigo Manuel Ribeiro, um engenheiro de profissão, mas um "doente", como eu, pela guitarra de Coimbra. Foi uma tarde inesquecível, em casa de outro amigo, o Paulo Soares, exímio guitarrista. Foi com elevada mestria que ouvi tocar a este, na guitarra, a 1ª suite de Bach para violoncelo solo. Não se ficou por aqui, ainda nos presenteou com Tarrega e  Joaquim Rodrigo, mas este na viola. O Manuel Ribeiro tocou excelentemente quatro peças de minha autoria e alguns clássicos de Coimbra. Foi com um prazer imenso que dedilhei aquela guitarra. Deu-me muito gozo. Manuel Ribeiro está de parabéns e Coimbra ganhou mais um instrumento. Nas fotos acima, podemos apreciar a beleza da guitarra.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Exposição “Guitarras de Coimbra”
                 Museu Municipal de Coimbra
                 Programa de animação | 2011


3 de Março
21h30
Apontamento musical | Coro Misto da Universidade de Coimbra | Grupo Sangue Novo da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra | Outras Vozes a mesma Canção – Reinventar a Canção de Coimbra
Incluído no programa da XIII Semana Cultural da Universidade de Coimbra, subordinada ao tema “Reinventar a Cidade”

17 de Março
18h30
Apontamento musical | Vítor Almeida e Silva - voz, Carlos Costa - viola, Pedro Pinto – guitarra

31 de Março
18h30
Apontamento musical | Grupo de Fado da Tuna Académica da Universidade de Coimbra

14 de Abril
18h30
Apontamento musical | Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra

18 de Abril
21h30
Apontamento musical | Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra
Fados e Baladas | O Mondego no repertório do Fado de Coimbra | Incluído no Programa do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, subordinado ao tema “Água: Cultura e Património”

28 de Abril
21h30
Apontamento musical | Orquestra de Rags da Tuna Académica | Nuno Silva – voz

12 de Maio
18h30
Apontamento musical | Grupo de Cordas da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra

O espectáculo de hoje, dia 17,  é às 18:30 horas e não às 21:30 como diz o Diário de Coimbra.

quarta-feira, 16 de março de 2011

The Claim


Excerto do filme "THE CLAIM", com o fado de Coimbra, Menina e Moça. Vídeo enviado por Joaquim Pinho.

Na Ficha Técnica aparecem..."Sé Velha" e "Menina e Moça" ---
projectado o filme --THE CLAIM, no dia 13 de Fevereiro no canal Sony TV, de tarde -- Tem uma cena do saloon em que alguém toca uma guitarra portuguesa.
Milla Jovovich/Lúcia - Com bom sotaque - quando acaba de cantar diz que é uma canção da terra do pai que era Português -- a acção decorre cerca de 1864, no norte da Califórnia -- e termina com a fundação junto da nova linha do combóio, duma cidade chamada --- LISBON.!
Filmado em 2000 em Alberta - Canadá
Citado que noutro filme do mesmo Realizador - não confirmei, também entra o Menina e Moça -- Codice 46.
Joaquim Pinho

Mário Rovira canta "Vejam bem", de José Afonso, num espectáculo dos Antigos Tunos, em Pombal, a 20-9-2008. Acompanha-o o grupo Raízes de Coimbra com Humberto Matias (v), José Ourives (g), Octávio Sérgio (g), Alcides Freixo (g) e Luís Filipe (v).

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Heitor Lopes canta "Balada dos meus Amores", em Pombal, numa actuação dos Antigos Tunos, em 20-9-2008, acompanhado por Humberto Matias (v), José Ourives (g), Octávio Sérgio (g), Alcides Freixo (g) e Luís Filipe (v) - do grupo Raízes de Coimbra.

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Recitais de viola dedilhada no Conservatório de Música do Porto.

terça-feira, 15 de março de 2011

O grupo Raízes de Coimbra interpreta Variações em Mi m de Armando de Carvalho Homem.

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Fernando Machado Soares canta "Noites de Coimbra", no programa de José Mesquita Canção de Coimbra - Anos 80, de 1989. É acompanhado por Fontes Rocha em guitarra e Durval Moreirinhas em viola. Vídeo tratado por Jorge Limpo Serra.

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segunda-feira, 14 de março de 2011

Serenata à Morena

Música: autor desconhecido
Letra: D. António de Macedo Papança (1852-1913)
Incipit: Quero o teu hálito ardente
Origem: desconhecida
Data: ca. 1870-1875


Eu não tenho onde me acoite
Oh pomba dos meus anelos!
Quero esconder-me na noite
Profunda dos teus cabelos.

Quero o teu hálito ardente
Aspirar a longos tragos;
Quero sentir os afagos
Da tua fala tremente.

Depois verás como eu canto
Na minha lira de poeta,
Este amor que eu amo tanto,
Oh minha casta violeta...

Como eu te quero! No mundo,
Só eu sei e mais ninguém
O afecto imenso, profundo,
Que o meu coração contém.

À noite, quando me deito,
Vejo o teu rosto, morena;
E, oh pomba casta e serena,
Tu poisas sobre o meu leito.

E na febre em que me abrasas,
Meu doce amor, até creio
Que roçam pelo meu seio
As penas das tuas asas.

E que de manso ao ouvido
Me falas do teu amor;
E que ouço perto o rumor
Das ondas do teu vestido.


Que a minha fronte descança,
A sorrir, nos teus joelhos:
E sinto os beijos, criança,
Desses teus lábios vermelhos.

Sou talvez um sonhador,
Talvez um louco, talvez;
Mas quero beijar-te os pés
Na febre do meu amor.

E tu, se acaso tens pena
Deste meu sofrer profundo,
Ri-te de Deus e do mundo,
E abre-me os braços, morena.


As quadras cantam-se aos pares, como se fossem oitavas, sem quaisquer repetições de versos ou de dísticos. Interpretam-se os restantes blocos intervalados com curtos separadores instrumentais.

Informação Complementar

Fado-serenata estrófico oitocentista em compasso binário simples e tom de Sol Maior, sugerindo movimento sincopado.

Fado recolhido por César das Neves na Praia da Granja, durante a época de veraneio, no ano de 1875, que escutou apenas a versão instrumental a um grupo de "académicos" munidos de guitarras. Solfa disponível em NEVES, César das - Cancioneiro de Musicas Populares. Tomo III. Porto, 1898, disponível em WWW:
http://purl.pt/742/1/mpp-21-a_3/mpp-21-a_3_item1/P197.html.

Segundo anotação do recolector, voltou a "reaparecer" na década de 1890, cantado com letra do Conde de Monsaraz, D. António de Macedo Papança (1852-1913) que se bacharelou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra no ano de 1874 (Cf. entrada da GEPB).

Não é possível determinar se os estudantes vistos e ouvidos pelo musicólogo César das Neves na Praia da Granja eram alunos da Universidade de Coimbra ou de escolas politécnicas de Lisboa ou do Porto. Seja como for, a melodia transcrita não é uma qualquer música impropriamente chamada de Fado(abuso corriqueiro na linguagem oral e escrita conimbricense) mas um Fado "verdadeiro", como diria o guitarrista Afonso de Sousa. Ilustra bem o tipo de fados estróficos que os estudantes de Coimbra gostavam de cantar e acompanhar com as duas tipologias de guitarras definidas e disponíveis na segunda metade do século XIX, a de Lisboa e a do Porto. E ilustra também o tipo de peças vocais que integravam o reportório híbrido de Augusto Hilário na década de 1890, rotulados pela imprensa coeva de "fadinhos".

O facto de ser necessário recorrer a oito versos de redondilha maior para se cantar toda a melodia de Serenata à Morena faz recuar pelo menos em duas décadas a solução do fado-serenata tradicionalmente apontada como grande feito de Augusto Hilário. Confrontando as datas, o Fado Serenata do Hilário foi criado e estreado na Primavera de 1894, eram passados 19 anos sobre a sinalização de Serenata à Morena por César das Neves. Cantaria Augusto Hilário esta composição? Se não temos a certeza absoluta quanto à música, o mesmo já não se pode dizer da 1.ª quadra que, ligeiramente modificada, era entoada pelo aclamado serenateiro, guitarrista e fadista.

De acordo com a informação ao nosso alcance, Serenata à Morena não foi gravada pelos cantores de Coimbra do século XX nem encontrámos testemunhos da sua radicação na cultura oral.

Transcrição: Octávio Sérgio (2011)
Texto: José Anjos de Carvalho e António Manuel Nunes
Leitura da partitura em MIDI:
(Serenata Àà Morena)

domingo, 13 de março de 2011

Mário Rovira canta "Inquietação", num espectáculo dos Antigos Tunos em Pombal, no dia 20-9-2008, acompanhado pelo grupo Raízes de Coimbra, com Humberto Matias (v), José Ourives (g), Octávio Sérgio (g), Alcides Freixo (g) e Luís Filipe (v).

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Heitor Lopes canta "Viagem de Acaso", num espectáculo dos Antigos Tunos em Pombal, a 20-9-2008. É acompanhado pelo grupo Raízes de Coimbra, com Humberto Matias (v), José Ourives (g), Octávio Sérgio (g), Alcides Freixo (g) e Luís Filipe (v).

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