sábado, 25 de fevereiro de 2012

José Afonso em Setembro

José Afonso vai ser homenageado em Setembro, com três espetáculos. Diário de Coimbra de ontem, dia 24, com texto de António Manuel Rodrigues.

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José Afonso e Rui Pato

Rui Pato em conversa com L. D. no Diário as Beiras de 23 deste mês.

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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

André Madeira


André Madeira vai dar um concerto de viola dedilhada, conjuntamente com Mário Laginha ao piano. Texto do Diário de Coimbra de hoje, da autoria de Lídia Pereira com foto de Gonçalo Manuel Martins.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

23 Fevereiro 2012

José Afonso: "Fui à Beira do Mar"


No dia em que se assinalam os 25 anos do desaparecimento de José Afonso, o blogue "A Nossa Rádio" rende-lhe uma singela homenagem destacando um dos mais belos e, incompreensivelmente, menos divulgados espécimes do seu vasto legado poético-musical, "Fui à Beira do Mar". Um tema em que está bem expresso o empenho cívico e artístico de um homem que nunca calou a sua voz, apesar das imensas adversidades que enfrentou, tendo sempre em mira a «capital da alegria: cidade do homem, não do lobo mas irmão.» Uma mensagem de grande actualidade...
Fui à Beira do MarLetra e música: José Afonso
Intérprete: José Afonso* (in LP "Eu Vou Ser Como a Toupeira", Orfeu, 1972, reed. Movieplay, 1987, 1996) [>>
YouTube]
[instrumental]

Fui à beira do mar
Ver o que lá havia;
Ouvi uma voz cantar
Que ao longe me dizia:

"Ó cantador alegre,
Que é da tua alegria?
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria!"

[instrumental]

Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria;
Ouço alguém a bradar:
"Aproveita que é dia!"

Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia;
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia.

[instrumental]

Desde então a bater
No meu peito, em segredo,
Sinto uma voz dizer:
"Teima, teima sem medo!"

Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria;
Ouço alguém a bradar:
"Aproveita que é dia!"

[instrumental]

* Trabalho de grupo de: Benedicto, Carlos Alberto Moniz, Carlos Medrano, Carlos Villa, Ernesto Duarte, José Afonso, José Dominguez, José Jorge Letria, José Niza, Maite, Maria do Amparo, Pedro Vicedo, Pepe Ébano e Teresa Silva Carvalho
Produção – José Niza
Gravado nos Estúdios Celada, Madrid, de 6 a 13 de Novembro de 1972
Captação de som – Paco Molina, António Olariaga, Pepe Fernandez, Juan Carlos Ramirez e Juan António Molina
Mistura – Paco Molina
Texto sobre o disco em:
Grandes discos da música portuguesa: efemérides em 2007
Biografia e discografia em: A Nossa Rádio 
URL: http://www.aja.pt/ 
http://vejambem.blogspot.com/ 
http://www.myspace.com/associacaojoseafonso 
http://www.youtube.com/associacaojoseafonso 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Afonso   
http://www.infopedia.pt/$jose-afonso 
http://www.revues-plurielles.org/_uploads/pdf/17_16_5.pdf 
http://www.arlindo-correia.com/080401.html 
http://www.portaldofado.net/content/view/266/280/ 
http://fado.com/index.php? option=com_content&task=view&id=72&Itemid=67 
http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/162335.html 
http://delta02.blog.simplesnet.pt/ 
http://zecafonso.com.sapo.pt/Jose%20Afonso.html 
http://www.infoalternativa.org/radio/radio/jose- afonso_cantigas-do-maio/index.php?autoplay=1 
http://www.myspace.com/joseafonso 
http://palcoprincipal.sapo.pt/bandasMain/jose_afonso 
http://cotonete.clix.pt/artistas/home.aspx?id=1350 
http://www.lastfm.pt/music/Jos%C3%A9+Afonso 
Álvaro José Ferreira

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Século Ilustrado, Nº 1119, Junho 13 1959 - 23

Imagens do banquete que o embaixador inglês deu em honra da princesa Margarida de Inglaterra, aquando da sua visita a Portugal. Entre outros, estiveram presentes Salazar, os duques de Palmela e Manuel Espírito Santo. Um grupo de estudantes de Coimbra, representando a Academia da Cidade Universitária do Mondego, tocou fados e baladas (Os estudantes Jorge Tuna e Júlio Ribeiro na guitarra, Levi Baptista, e José Tito Mackay na viola, Barros Madeira e Sutil Roque a cantar). Também os fadistas Amália Rodrigues e Carlos Ramos interpretaram algumas canções do seu reportório.
Enviado por António Manuel Nunes

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

José Afonso

Tertúlia à volta de José Afonso, ontem, no Teatro Paulo Quintela da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Diário de Coimbra de hoje, com texto de Ana Margalho e foto de Carlos Araújo.

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terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

José Afonso e José Valente

Z E C A   A F O N S O

Amigos:

Como muitos sabem, no próximo dia 23 de Fevereiro Portugal irá celebrar a vida de Zeca Afonso.
O Zeca é muito importante para mim.
É verdade que fiz algumas adaptações para viola d'arco solo das suas canções.
No entanto, há coisa de um ano tive uma conversa imaginária com ele:

"José: Zeca, vou tocar um concerto no dia 24 de Fevereiro. Gostaria de te homenagear.
E que tal se acabasse o concerto com uma das tuas canções?
ZECA: É uma ideia José...mas lanço-te outra: e porque não tocares uma das tuas?"

Acredito sinceramente que a melhor forma de relembrar Zeca é através
da procura incessante pela liberdade;
da contínua criação de uma voz própria.

quinta-feira

23 de Fevereiro

18 horas

Associação Arte à Parte (Coimbra):
Estão todos convidados a participar numa animada tertúlia poética, em jeito de gratidão e homenagem a Zeca Afonso.
O livro do Viale Moutinho (de 1975) e alguns poemas com a presença de Elsa Ligeiro (Alma Azul) darão o mote para um
breve concerto a solo, onde interpretarei algumas canções do Zeca.

(segredo: não irei apenas tocar as canções do Zeca...também vou tocar algumas das minhas...)

- ENTRADA LIVRE -


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José Afonso na AAC

A Associação Académica de Coimbra iniciou ontem a "Semana Zeca Afonso - O Rosto da Utopia". Diário de Coimbra de hoje, com texto de Andrea Trindade e foto de Ferreira Santos.
Enviado por Joaquim Pinho, pode ler-se o que diz o Diário as Beiras sobre o mesmo tema, no link a seguir: http://www.asbeiras.pt/2012/02/academia-de-coimbra-assinala-25-anos-da-morte-do-cantor-jose-afonso/ 

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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

José Afonso - 25 anos depois

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Gomes Alves - Carlos Valente



Belíssimas fotos de Gomes Alves da autoria de  Carlos Valente. Recebi-as com o seguinte comentário:
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Tirei-as num convívio em Abril de 1969. Nessa altura pertencia ao CITAC e à Direcção da Secção Fotográfica da AAC. Tirei inúmeras fotografias, de tal modo que a maioria das imagens que hoje existem da Crise (estão na Biblioteca Geral da UC) foram trabalho da referida Secção e muito mais de metade foram tiradas por mim.

Mas, para além dessas, fui sempre fotografando o trabalho no CITAC, os convívios, Assembleias Magnas, etc. Eram imagens de natureza pessoal e não da Secção Fotográfica e por isso, ao contrário dessas cujos negativos se perderam, ficaram no meu arquivo pessoal e são absolutamente inéditas.
Tenho muito bem documentado o trabalho do CITAC entre 1968 e 1970 (encenadores: Ricard Salvat e J. C. Uviedo). O Gomes Alves bem como o Zé Nisa colaboraram com o Citac, o primeiro fundamentalmente no espectáculo "Brecht + Brecht" e o segundo também na criação das cantigas da peça "Alfonso Castelao e a sua época".
As canções de José Nisa com letras de Rosalia de Castro foram criadas para a referida peça e só mais tarde gravadas pelo Adriano Correia de Oliveira.

Só recentemente reparei que muitas das imagens desse meu arquivo ganharam um valor que eu não lhe dei na altura pois agora, muitas delas, eram documentos históricos. Ando aos poucos a digitalizá-las pois se calhar não tenho o direito de não as tornar públicas.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

José Afonso

José Afonso: Memória do cantor resiste em Coimbra 25 anos depois




 A memória do cantor José Afonso resiste em Coimbra 25 anos depois da morte, mas também a sua música ecoa em cada esquina da cidade onde os amigos o recordam com emoção.
O médico Rui Pato tinha 16 anos quando, em 1961, começou a acompanhar José Afonso à viola, participando na gravação dos primeiros discos e em muitos espetáculos.
“As recordações que tenho desse tempo são a incompreensão e a repressão que rodeavam toda a arte que o Zeca fazia, uma coisa que eu não vejo muito descrita”, declarou Rui Pato à agência Lusa.
Nesse “período difícil”, na década de 60, “o núcleo que apoiava o Zeca era pequeno”, disse.
“Foi o período em que mais contactei com ele e que mais me marcou”, acrescentou.
O futuro pneumologista acompanhava outros cantores de Coimbra, designadamente Adriano Correia de Oliveira e António Bernardino, e os guitarristas Pinho Brojo e António Bernardino.
Pato testemunhou a “extrema penúria” em que vivia o autor de “Grândola Vila Morena”. Mesmo assim, “o Zeca não perdia o seu bom humor”.
Para o médico, “a matriz cultural e artística do Zeca Afonso é Coimbra”, onde o cantor realizou apenas dois concertos entre 1961 e 1969, quando já não vivia na cidade.
A maior parte dos seus espetáculos, com a participação de Rui Pato, realizavam-se sobretudo na zona de Lisboa, sobretudo na Margem Sul, a convite de organizações estudantis e operárias.
“Coimbra era uma terra ainda muito conservadora e o Zeca tinha traído um pouco a tradição da canção de Coimbra”, além de ser “um homem conotado com a esquerda”.
Na sua opinião, “há hoje um grande respeito pelo Zeca, como homem, músico e poeta. Tarde, mas felizmente ainda a tempo, é uma figura já metida no ADN da música portuguesa”.
Em 1961, quando Pato começou a tocar com ele, “não se imaginava que, em grande parte dos acampamentos da guerra colonial, os oficiais ouviriam as músicas” de Zeca.
“Nem ele próprio tinha a noção da importância que tudo isso viria a ter na própria evolução sócio-política” em Portugal.
Teresa Alegre Portugal, antiga professora e ex-deputada socialista, conheceu José Afonso de quem recorda “uma voz muito serena que chegava lá ao ponto impossível”.
Nos anos 50, então aluno do curso de Histórico-Filosóficas, na Universidade de Coimbra, o cantor era visita frequente da casa da então namorada do guitarrista António Portugal.
“Achei que devia reclamar uma serenata ao António. Mas foi o Zeca que a cantou, com o António a acompanhar”, contou a ex-deputada.
José Afonso “tinha um sentido de humor verdadeiramente original”, sempre “com aquela postura fora do sistema”.
Acima de tudo, “Zeca é uma das primeiras figuras de um tipo de música muito difícil de classificar”, afirmou Teresa Portugal.
Quem fala dele “como um cantor de intervenção está a limitá-lo muito. Ele vai muito para além disso”, defendeu.
“A sua obra perdura hoje e com muita força”, disse Jorge Cravo, autor do livro “José Afonso: da boémia coimbrã à solidariedade utópica (1940-1969)”.
Para este investigador, “vai havendo cada vez menos um divórcio entre José Afonso e a cidade” onde “teve uma vida um bocado ingrata”.
Afinal, foi em Coimbra “que ele começou”. Um facto reconhecido “em qualquer parte do mundo”, concluiu.

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