A mudança
Aqui qualquer coisa, como em qualquer lugar, as derivadas alturas da mudança chegam, não se sabe bem de onde, se daqui ou de além, da rua de Cá ou de Lá, se veio no comboio das 20h, que parou na rua de Acolá.
Não sabemos. A única verdade, e vidência possivel, é que na vida nada é passivel de ser visto, adivinhado, ou até premonizado. Os Maias que o digam. O mundo acabou, e hoje estou aqui a escrever. Ele há coisas do diabo (com letra minúscula, não vá ele ouvir).
A bem, ou mal, todos chegamos a um ponto. Ponto esse que nada tem de gramatical (pois se assim fosse não deixava de ser uma vírgula) mas falo de um ponto que faz com que hoje diferente de ontem tenhamos calçado as sapatilhas, para deixar de lado o fato de gala. É assim mesmo quando é preciso caminhar. O sapato de sola, para além de escorregar é certo que ao fim do dia, vamos ter bolhas nos pés. (Está a ficar confuso? Bem, tudo fará mais sentido – assim espero – mais à frente).
Agarramos as sapatilhas, agarramos as calças de ganga, não deixamos o casaco de corte mais fino ou grosso – porque afinal já que não se anda de cartola e bengala, anda-se pelo menos bonito e arranjado – para nos agarrarmos a visões, outras visões, epifânicas ou talvez não, a bem da verdade, são as nossas visões, que passando por onde passamos nos trouxeram até aqui.
Foi bom, passar por um processo de “gourmetização” bem democrática, de um gosto que de particular a comum, se tornou do mais genérico possível.
Hoje, somos cada vez mais um com as raízes que nos prendem, mas com vontade de crescer, virar as folhas para o céu, e apanhar cada bocado de Sol (que vai sendo cada vez mais raro no meio da cultura musical portuguesa) e continuamos. Connosco, com o Zeca, o Paredes, o Adriano, os nossos companheiros de sempre, onde vamos juntando outros, e onde outros vêm, e acima de tudo passam, e outros tantos que ficam.
Em dois anos, é certo, muita coisa muda.
E nós não somos excepção.
Mudamos.
Com a visão. A nova visão, dos Cantos e as Variações tradicionais, ao neo-clássico, e à música que é de todos e para todos.
Vem aí 2013. E nós, vamos a isso. Amigos, venham também.
O Cantos & Variações.
NA INTERNET
O Blogue Cantos & Variações, não fica por aqui, não o permitiria a mim mesmo. Carinho pessoal, de um trabalho meu e de nós todos, só mudará de sitío.
Assim sendo partindo no principio da mudança o Blogue Cantos & Variações vai dividir-se em:
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- A quem estiver à procura do Blogue Cantos & Variações ele mesmo, pelo seu conteúdo, temático e mais pedagógico do mundo da temática da música Coimbrã.
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- A quem estiver à procura do Cantos & Variações, ele mesmo, vivido e tocado. Para seguir os nossos CONCERTOS, MÚSICA, FOTOGRAFIAS e EVENTOS em geral, venham, venham ouvir-nos. E partilhem, muito.
Assim, eu vou continuar a ser eu mesmo, em duas paragens diferentes, com dois contextos diferentes. O Blogue continuará igual assim mesmo, assim como todos nós, uma visão sobre a música portuguesa. E a Guitarra de Coimbra, esteve, está, e sempre estará.
Este Blogue desaparecerá até ao final do ano, adicionem estes novos sítios aos vossos favoritos.
POR AQUI
Por ali, e por todo o lado, nós continuaremos iguais. Mais crescidos, maduros quem sabe, mas iguais. A nós.